- 30/10/2018
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- Geral
No dia 18 de outubro, foi realizado Dia de Campo na propriedade de Cláudio Machado e Vedi Mareli Strassburguer Machado, produtores de leite do município de Toropi e família assistida pela Emater no Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar.
Na oportunidade foram abordados os custos de produção de terneiras na propriedade de leite, demonstrando o investimento em produzir o material genético adaptado para a propriedade com foco nos custos de alimentação, sendo o mais expressivo o custo relativo ao leite ofertado aos animais no período de aleitamento. Como alternativa para redução de custos foi abordada a tecnologia de baixo custo da silagem de colostro, técnica essa desenvolvida e validada pela Drª. Médica Veterinária Mara Helena Saalfeld, Assistente Técnica Regional em Bovinocultura de Leite da Emater de Pelotas.
A chefe do escritório municipal da Emater, Laila Ribeiro Simon, destacou a importância de comercializar o leite integral, gerando renda na propriedade e utilizar a silagem de colostro como alimentação para as terneiras. Considerando que essa é uma tecnologia de baixíssimo custo e de elevada durabilidade, pois uma vez ensilado o colostro já foram feitas análises de sua composição demonstrando que em 5 anos não foi alterada sua composição, sendo dessa forma considerado adequado para realizar o aleitamento dos animais.
A Extensionista Rural Social Sabrina Schünke e a graduanda de Tecnologia de Alimentos da UFSM Anelise de Moraes, abordaram o uso do colostro na alimentação humana, trazendo as informações sobre composição, formas de uso na alimentação e os principais benefícios a saúde além de evidenciarem o destino adequado desse material, uma vez que em muitas propriedades ele acaba sendo descartado de forma incorreta ou mesmo servindo de alimentação a outros animais que não mais se beneficiam dele como fonte de nutrição.
Os produtores presentes foram convidados a degustarem produtos que foram elaborados a base de leite integral e de colostro e na pesquisa realizada sobre a preferência, a maioria preferiu o queijo colonial feito com colostro.
O uso do colostro na alimentação humana era considerado impróprio até março de 2017 pelo RIISPOA; com base no trabalho desenvolvido pela Drª. Médica Veterinária Mara Helena Saalfeld, foi alterada essa condição pelo decreto 9013, de 29 de março de 2017, que retira a proibição do uso de colostro na alimentação humana e seus derivados.
O colostro já é amplamente utilizado em países da Europa, Nova Zelândia, Austrália, China e Estados Unidos da América, no Brasil já é utilizado como suplemento alimentar.
Colaboração: Escritório Municipal da EMATER/RS
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